quarta-feira, 4 de abril de 2012

Enquanto supermercados de SP deixam de distribuir sacolas plásticas, Agas afirma que gaúchos rejeitam a ideia

Estudo aponta que mais de 80% dos consumidores do Estado são contra o fim das sacolinhas.

Compras em supermercados ou em outros estabelecimentos de varejo são uma atividade que faz parte do dia a dia de quase todas as pessoas, e essa atividade se confunde, no senso comum, com o uso de sacolas plásticas para transportar as mercadorias compradas. A partir desta quarta-feira, essa rotina foi alterada para os consumidores de São Paulo. Lá, os supermercados pararam de distribuir gratuitamente as sacolinhas, conforme acordo firmado no ano passado entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e o governo do Estado.
O debate sobre o uso de sacolas plásticas já chegou ao Rio Grande do Sul, onde a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) encomendou uma estudo que apontou que 42,8% da população é contra o fim do uso das sacolinhas e 38,3% só é favorável se houver uma alternativa comprovadamente eficaz para substituí-las. Ou seja, mais de 80% são contrários a uma medida como a adotada pela rede varejista de São Paulo, baseada na simples retirada das sacolinhas descartáveis de circulação.
O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, pondera que os gaúchos não veem as sacolinhas como item totalmente descartável:
— Os consumidores estão acostumados a levar para casa as compras acondicionadas em sacolas plásticas, é um hábito consolidado. Além disso, a utilidade da sacola plástica vai muito além do uso para embalar as compras, já que elas têm um papel fundamental no destino e na reciclagem do lixo, são utilizadas para proteger produtos da chuva, e possuem uma série de outras formas de reutilização — afirma o dirigente.
Segundo a pesquisa encomendada pela Agas, 97,7% dos consumidores gaúchos reutilizam as sacolinhas de alguma maneira e 70,2% associam o itens a coisas positivas, como o uso para descarte do lixo, a praticidade, etc. Para a entidade, o debate está só começando no Estado.

Em São Paulo, varejistas apostam em sacolas retornáveis

A decisão dos varejistas, motivada pela necessidade de reduzir as despesas dos supermercados (sacolas plásticas custam dinheiro), também tem um viés ecológico (sacolas plásticas demoram para se decompor e são feitas quase sempre de matérias-primas não renováveis) e gera um outro debate: como os consumidores levarão as compras para casa?
Empresários paulistas apostam na venda ou no aluguel de sacolinhas retornáveis e no uso de substitutos, como ecobags e carrinhos de feira. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Apas com o Procon de São Paulo e o Ministério Público Estadual prevê que as sacolinhas reutilizáveis custem no máximo R$ 0,59. A Apas, no entanto, disse que tentará reduzir o preço das sacolas e de outros produtos.
— Carrinho de feira, sacolas reutilizáveis, tudo que esteja relacionado ao movimento da sustentabilidade, ao movimento da substituição das sacolas por reutilizáveis — citou o presidente da associação.
Fonte: Zero Hora e Agência Brasil
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