Esta semana foram publicados no jornal Zero Hora (05/06) os resultados da adequação ao zoneamento ecológico para o plantio de florestas de produção, como de eucaliptos. O estado foi dividido em três áreas: baixa, média e alta restrição. A região norte de estado foi considerada de baixa restrição; a região central de média restrição; e, a região sul e oeste de alta restrição. Bem, os resultados nos remetem a uma reflexão. As regiões da metade sul são justamente as pretendidas pelas grandes empresas "papeleiras", pela facilidade na aquisição de terras, disponibilização de mão-de-obra e com a finalidade de desenvolver uma região do estado reconhecidamente pouco desenvolvida, carente de investimentos. Pois foi justamente essa região, considerada de mais alta restrição ao plantio, seja pelo envolvimento do tão aclamado "bioma pampa", seja pela dificuldade de regularização de terras distantes a menos de 150km da faixa de fronteira por empresas com capital estrangeiro. Por isso perguntamos: a quem interessa esse tipo de restrição? Aos que realmente se interessam pela qualidade de nossos ecossistemas e de nossos recursos hídricos? Ou aos que querem passar para a sociedade gaúcha uma imagem de defensores da natureza, impedindo o desenvolvimento econômico sustentável (já que a silvicultura é uma das pouca atividades que atendem todas as exigências ambientais previstas por lei)? Terá ainda a atividade florestal capacidade de concorrer com a agricultura forte da metade norte? Já dizia Lutzemberger, que uma coisa é certa, o desenvolvimento é inevitável. Devemos sim conciliar desenvolvimento econômico com preservação do meio ambiente. Isso, é desenvolvimento sustentável.
Um comentário:
intiresno muito, obrigado
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